Pressão alta? Com certeza você deve conhecer alguma pessoa que seja portadora dessa condição, afinal, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 25% das pessoas adultas têm hipertensão no Brasil e entre aquelas com mais de 60 anos, a porcentagem sobe para 60%. Mas você sabia que este mal pode acometer não só os seres humanos, como também os cachorros?!
Como se caracteriza a pressão alta?
A hipertensão está relacionada ao estímulo que o coração faz para bombear o sangue até as artérias quando estas estão por algum motivo obstruídas. Com a resistência dentro das artérias, a força empregada pelo órgão deve ser maior, o que acaba por comprometer sua saúde.
Pessoas hipertensas, de acordo com o Doutor Drauzio Varella, são mais inclinadas a sofrerem AVC ou infarto, dentre outros males. Todavia, ainda segundo o médico, a hipertensão é uma “doença democrática” que pode ser diagnosticada em qualquer pessoa, sem distinção de idade, gênero ou condições social e econômica.
Em relação aos nossos peludos, existem fatores que interferem nas estatísticas de hipertensão, como idade, raça, sexo biológico e estilo de vida. Ademais, assim como em nós, seus corações, olhos, rins e cérebros costumam ser mais suscetíveis a lesões quando do diagnóstico da patologia, o que explica a correlação entre a pressão alta em cachorros e gatos e patologias como a redução da função renal a até mesmo hemorragia cerebral.
Causas da pressão alta em cachorros
Como já dito, existem circunstâncias que impulsionam o desenvolvimento da hipertensão nos cães, como a idade a avançada e a ingestão excessiva de sódio, por exemplo, entretanto, fatores como ansiedade e estresse também podem ser as causas da elevação da pressão arterial em cachorros.
No entanto, da mesma forma que ocorre com a nossa espécie, a hipertensão em cães e gatos pode atingir um estágio de progressão sem muitas vezes deixar sintomas nítidos, assim, a doença vai se desenvolvendo de forma silenciosa e quando notamos isso, nosso companheiro já está em um estado avançado da patologia.
Portanto, esteja atenta(o) aos sinais que seu pet lhe dá, como ansiedade, fraqueza, ingestão maior de água, tosse e respiração exaltada, pois elas podem significar que seu canino está hipertenso e esta doença precisa ser (antes de mais nada, prevenida) tratada com seriedade.
Complicações decorrentes da hipertensão
Existem várias consequências que podem ocorrer com seu animal de estimação hipertenso. No que tange aos olhos, por exemplo, há estudos que afirmam que a pressão alta em cães pode causar desde glaucoma até mesmo cegueira.
Ademais, seu peludo pode também vir por desenvolver problemas relacionados à função urinária, como incontinência urinária e até mesmo ansiedade e depressão.
Prevenção e tratamento
Primeiramente, cuide para que seu companheiro não ingira grandes quantidades de sódio e de gorduras. Alguns alimentos ultra processados têm números expressivos de sódio, assim como alguns (vários) alimentos que nós humanas e humanos ingerimos… Lembre-se que, se quiser alimentar seu pet com aquele arrozinho que sobrou do almoço, certifique-se de fazê-los sem óleo, sem temperos e apenas um pouquinho (ou nada, de preferência) de sal.
Cuide também do bem-estar do seu cachorro, proporcionando a ele um local limpo, tranquilo e arejado. Além da alimentação balanceada, da hidratação constante, forneça a ele um abrigo da luz solar direta. E, é claro, é importante que ele vá regularmente a um(a) especialista como meio de prevenção de doenças, entre elas a pressão arterial sanguínea.
Agora, recebendo o diagnóstico em um(a) veterinária(o), o tratamento para a patologia normalmente consiste em medicações diuréticas, inibidoras de cálcio, entre outras.
E a pressão baixa?
Ao contrário da pressão alta, caso seu pet esteja sofrendo desmaios, uma das possíveis causas é a diminuição da oxigenação do cérebro causada pela pressão sanguínea baixa, que por sua vez pode estar comprometida em decorrência de doenças pulmonares e até mesmo anemia. Neste caso, atente-se de levar seu canino às pressas até um(a) veterinário(a), sempre se lembrando de manter seu pescoço esticado, a fim de a respiração não seja prejudicada.
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